As flores selvagens
os lípsicos e gerânios
os lírios nos campos
encobrem sagrados
perfumados túmulos
encantados túmulos
jamais se abrirão
Nas valas comuns
permanecem invisíveis
as virgens estupradas
Mães operárias
mães camponesas
nutrem com suas carnes
a terra estéril
No ventre d’Espanha
grávida da morte
os corpos dos guerreiros
que não se renderam
Em cada sepultura
sem campa
nas serras e vales
nos montes gelados
no lodo dos lagos
na fonte de lágrimas
os mortos anônimos
malsinam os crimes
do generalíssimo Franco
Viva e salve, poeta.
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Salve, salve o romancista
http://www.pe-az.com.br/editorias/biografias/u/641-urariano-mota
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