Tucano graúdo só foi preso porque viajou para o exterior

por Gilmar Crestani

CBF e seus estafetas

aecio-teixeira-e-marin_thumb

Retornando da academia, depois da Voz do Brasil, vim zapeando as rádios Guaíba, Gaúcha e Grenal. Parei quando ouvi o Farid Germano Filho entrevistando Darcisio Perondi. Como o assunto da corrupção na CBF/FIFA é o assunto do momento, nada melhor que seja abordado pelas rádios esportivas, como a Grenal.

Mas, como diria outro gaúcho, o Barão de Itararé, de onde menos se espera, de lá mesmo é que não sai nada. Como esperar alguma coisa decente da família Farid Germano. Esses caras engordaram mamando nas tetas do Estado. Recentemente, o primo mais ilustre do Fardid, o José Otávio Germando, foi descoberto, juntamente com o PP Gaúcho, no escândalo da Petrobrás. Aliás, Otávio Germano esteve envolvido em todos os escândalos de corrupção que se tem notícia neste Estado. Pausa para vomitar.

Não é que o escândalo da FIFA/CBF, na cabeça destes invertebrados, sobrou para a Dilma. Sim, os dois energúmenos conseguiram jogar a culpa dos escândalos do José Maria Marin, Ricardo Teixeira e Marco Polo Del Nero no colo do PT. Sim, a dobradinha Darcísio Perondi e Farid Germando Filho conseguiram mais esta façanha.

Do Farid já mencionei o tipo de de cromossoma que infesta o DNA Germano.

Quanto aos Perondi, basta dizer que a família esteve mancomunada com Ricardo Teixeira por longos 20 anos. Ainda em janeiro de 2002 fiz este registro para o Observatório da Imprensa:

“O Sul Maravilha, que gosta de botar a culpa no Nordeste pelos maus políticos, contribui com as principais peças desse quebra-cabeça que virou a política nacional. O deputado gaúcho Darcisio Perondi virou vice-líder do governo no Congresso depois que votou contra a CPI da Corrupção. O irmão, Emidio Perondi, foi um dos gaúchos que votaram contra as Diretas-Já, e hoje dirige a Federação Gaúcha de Futebol, que está sob o pente fino da CPI do Futebol. Aliás, Darcisio Perondi está na mira da mesma CPI por ter recebido dinheiro da CBF na campanha para a Câmara em 1998. Não por acaso, ambos gaúchos do PMDB, que a RBS não lembra quem são, nem o que fazem. Para saber a última do Perondi, só lendo os jornais do centro do país.”

O Darcisio Perondi é o mesmo já foi processado por improbidade administrativa, que votou contra a necessidade de rotular os produtos transgênicos. Está, com todo o PDMB gaúcho, no bolso do Eduardo CUnha. Como se vê, é um uma figurinha carimbada do retrocesso. Não admira que tenha sido parceiro fiel e longevo de Ricardo Teixeira.

Com a cobertura que a velha mídia dá para gente como Ricardo Teixeira e seus capachos regionais, não é de admirar que a Polícia Federal e o Ministério Público prefira fechar parceria com estes veículos e com os próprios larápios.

Bem, aí concluo. José Maria Marin, Ricardo Teixeira e Marco Polo del Nero seriam apenas ratazanas não fossem as contribuições de pessoas como Darcísio Perondi e todos os membros de Federações e dirigentes de Futebol que os elegem. Portanto, não basta prender Marin, Del Nero e Ricardo Teixeira. Tem que ver quem sempre foram seus parceiros comerciais. Não basta prender José Hawilla. Estes todos são bagres. Os tubarões figura na Lista Forbes como os mais os mais ricos do Brasil. Os filhos do Roberto Marinho!

PSDB padrão FIFA

Se este elemento fosse petista, a Folha teria posto na Capa e o Jornal Nacional teria feito uma longa reportagem que incriminaria o Lulinha e a cunhada do Vaccari.

Como é do PSDB, fica parecendo apenas uma informação corriqueira, que todo dia sai em todos os jornais. Até porque o PSDB sempre tem alguém por ele no STF ou em qualquer outro degrau da Justiça para sentar encima dos processos em que estão envolvidos…

Pensando bem, todo dia tem alguém ligado ao PSDB, do baixo clero, com um processo nas costas. O problema é que nunca chega ao Capos. Lembremos, os parceiros de FHC na América Latina, Carlos Menem e Alberto Fujimori, estão ou já foram presos. No Brasil, para o PSDB, impera a Lei Jorge Pozzobom.

As medalhas distribuídas pelo Aécio Neves governador e as estatuetas da mais longeva parceira da FIFA/CBF no Brasil, a Rede Globo, são como os ósculos dos mafiosos: senhas!

O dia que em os verdadeiros chefões forem presos, aí sim teremos certeza que este tucano graúdo só foi preso porque viajou para o exterior…

Relator de MP favorável à CBF

Em ação que beneficia a CBF, o deputado Otávio Leite (PSDB-RJ) apresentou nesta terça (2) o relatório da MP do Futebol em que desvincula o refinanciamento das dívidas dos clubes do cumprimento de exigências pela entidade.

Uma delas era a fixação de mandato de quatro anos para o seu dirigente, com apenas uma recondução.

Leite disse que quer evitar que ações judiciais apresentadas pelos clubes coloquem em risco o refinanciamento das dívidas dos times, principal objetivo da medida provisória. “A gente perderia tudo.”

A mudança foi criticada por congressistas e Bom Senso. O relator leu o texto, mas não houve quórum mínimo para votar –por isso, voltará a ser discutido na semana que vem.

O deputado manteve o limite de 70% da receita bruta dos clubes para gastos com a folha do futebol profissional –as agremiações criticam a limitação.

O relator também mudou os prazos. Na versão original, os clubes teriam que parcelar as dívidas em três anos –o relatório amplia para cinco anos.

O relator fixou em 12 anos a idade mínima para a formação de atletas –os cartolas são contra– e ampliou o colégio eleitoral da CBF para incluir a participação de clubes da Série B.

Popa Matumala

Popa Matumala

Que bancos os brasileiros usaram para o tráfico do dinheiro desviado da Fifa, CBF, propinas & outras jogadas

As isenções fiscais no Brasil criaram várias máfias nos esportes, inclusive lavanderias de notas frias. Também existem as verbas do Ministério, das secretarias estaduais e municipais dos Esportes. É uma dinheirama invisível. Que não rende medalhas de ouro nas Olimpíadas. Bem que o Brasil seja cotado nos esportes praticados pelos ricos: golfe, esgrima, vela, canoagem, hipismo. E tiro, pela prática dos militares nos protestos de rua. Treinam com balas de borracha. E acertam os olhos dos manifestantes, principalmente dos fotógrafos e cinegrafistas.

O escândalo da Fifa traz de volta velhas e conhecidas sacanagens praticadas pelos bandidos da CBF & comparsas.

Escândalo na Fifa: brasileiro dono da Traffic admitiu culpa e concordou pagar R$ 450 milhões
Brasileiro José Hawilla, dono da Traffic, é um dos que admitiram culpa em escândalo da Fifa

Brasileiro José Hawilla, dono da Traffic, é um dos que admitiram culpa em escândalo da Fifa

Informa Gazeta Press: O escândalo que abalou a Fifa na manhã desta quarta-feira tem três brasileiros envolvidos. O ex-presidente da CBF José Maria Marin é um dos sete executivos da entidade que foram presos na Suíça, mas não é o único acusado pela Justiça norte-americana no caso: os empresários J. Hawilla e José Lázaro Margulies também são citados.

O primeiro é mais conhecido do grande público. Hawilla é o dono da Traffic, renomada empresa de marketing esportivo brasileira. Na investigação conduzida pelo FBI, ele é um dos quatro que já se declararam culpados de acusações que incluem extorsão, fraude e conspiração para lavagem de dinheiro, entre outros delitos.

No dia 12 de dezembro de 2014, segundo informa a justiça norte-americana, Hawilla se declarou culpado das acusações de extorsão, fraude eletrônica, lavagem de dinheiro e obstrução de justiça e concordou em pagar multa de 151 milhões de dólares (mais de R$ 450 milhões), sendo que US$ 25 mi (R$ 66,2 mi na cotação da época) foram acertados no ato.

Cinco meses mais tarde, em 14 de maio de 2015, duas empresas do grupo Traffic, de Hawilla, a Traffic Sports USA Inc. e Traffic Sports International Inc. também se declararam culpadas da acusação de conspiração para fraude. São as únicas pessoas jurídicas citadas como acusadas no documento da justiça dos EUA.

Antes disso, em julho e outubro de 2013, Daryll e Daryan Warner, filhos do ex-presidente da Concacaf Jack Warner, já haviam admitido culpa – o segundo também pagou multa, de 1,1 milhão de dólares (R$ 2,9 mi). Em novembro de 2013, Charles Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf e ex-representante dos EUA no Comitê Executivo da Fifa, se tornou o quarto investigado a se declarar culpado – seu pagamento foi superior a US$ 1,9 milhão (R$ 5 mi).

Segundo o FBI, “todo o dinheiro pago pelos réus está sendo mantido em reserva para garantir sua disponibilidade para satisfazer qualquer ordem de restituição que entre na sentença, para o benefício de quaisquer pessoas ou entidades que se qualificam como vítimas de crimes dos réus sob a lei federal” norte-americana.

José Lázaro Margulies – O outro brasileiro citado como acusado no escândalo é proprietário de empresas de transmissão de eventos esportivos. No relatório, é citada a “Valente Corp. and Somerton Ltd.”. Ele, supostamente, “serviu como um intermediário para facilitar pagamentos ilícitos entre os executivos de marketing esportivo e autoridades do futebol”.

De que banco Hawilla vai tirar 450 milhões? Em que paraíso fiscal ele tem enterrado esse dinheiro? A Receita brasileira sabe? Com a palavra as autoridades econômicas, a justiça e demais autoridades competentes.

El escándalo de la FIFA y la geopolítica de los negocios
Joseph Blatter, por Garrrincha

Joseph Blatter, por Garrrincha

LAS CONSECUENCIAS QUE ARROJA EL CONFLICTO A NIVEL DIPLOMATICO ENTRE VARIOS PAISES PROTAGONISTAS

Vladimir Putin, Angela Merkel y David Cameron mostraron sus posturas diferentes respecto de la situación de Joseph Blatter, reelegido por quinta vez en la Federación. La tensión que se mantiene entre Rusia y Estados Unidos.

Por Gustavo Veiga
El escándalo de la corrupción en la FIFA tiene una connotación geopolítica. Demostró que el fútbol y sus intereses pueden transformarse en un nuevo problema mundial. Tres líderes como Vladimir Putin, Angela Merkel y David Cameron dijeron lo suyo. El ruso defendió al reelegido Joseph Blatter y el inglés le pidió la renuncia. La canciller alemana adoptó una posición más neutra, aunque también criticó lo que pasa en la Federación. Faltó que se pronunciara Barack Obama, pero dos representantes del Congreso de Estados Unidos lo hicieron por él. Los senadores Bob Menéndez –un lobbista de los fondos buitre– y John McCain les enviaron una carta a los congresistas de la FIFA para que no votaran por su actual presidente. También se filtró el conflicto palestino-israelí durante las deliberaciones en Zurich. Hubo un incidente en el recinto con dos mujeres que llevaban una bandera de Palestina y el primer ministro Benjamin Netanyahu cuestionó una eventual exclusión de su país de las competencias, que nunca se concretó. Hasta China firmó un convenio estratégico para el desarrollo de su fútbol con la cuestionada federación, el mismo día de las detenciones de los siete dirigentes acusados de recibir coimas (ver aparte).

En una entrevista que concedió a la televisión estatal de su país, Putin criticó la intervención de la Justicia federal de Nueva York en la FIFA. “Podemos suponer que algunos de los funcionarios realmente violaron normas o leyes, no lo sé, pero ciertamente EE.UU. no tiene nada que ver con eso. Estos funcionarios no son ciudadanos estadounidenses. Y si algún acontecimiento sucedió, no fue en el territorio de EE.UU. Es otro intento evidente de extender su jurisdicción a otros países”, dijo el presidente ruso.

Para entender estas declaraciones hay que remontarse al Congreso de la FIFA donde Rusia ganó la candidatura para ser la sede del Mundial de 2018. Fue el 2 de diciembre de 2010. Inglaterra por un lado; y España y Portugal –que se presentaron como coorganizadores– resultaron los grandes derrotados. En ese momento se eligió en simultáneo a Qatar como sede del Mundial 2022 –una pequeña nación sin tradición futbolística pero con el PBI más alto del planeta–, que se impuso a Estados Unidos en la votación. Crecieron entonces las sospechas de sobornos. Y el qatarí Mohamed bin Hammam, ex presidente de la Confederación asiática que intentó desbancar a Blatter en la elección anterior, fue expulsado de por vida de FIFA porque intentó untar a varios congresistas para que lo votaran. Les ofreció 40 mil dólares por cabeza.

En sus declaraciones, Putin dijo que Estados Unidos pretendió “impedir la reelección de Blatter” y que lo presionó para que Rusia no fuera elegida como sede del próximo mundial hace casi cinco años. También comparó el papel del Departamento de Justicia norteamericano en el caso FIFA, con las situaciones de Julian Assange y Edward Snowden, perseguidos por el gobierno de EE.UU. Sugirió que Washington actúa hoy de la misma manera con Blatter.

Cameron apuntó al blanco sin medias tintas: “En mi opinión debe irse”. Además dijo que “es impensable que Blatter pueda llevar adelante esta organización”. Sus declaraciones las formuló en Berlín durante una conferencia de prensa conjunta con Merkel. Más diplomática, la alemana pidió “transparencia” y señaló que “la corrupción debe ser combatida, y con urgencia”. Donde Putin ve virtudes del presidente de la FIFA, Cameron observa “la parte fea de un juego bonito”.

La oportunidad que eligió la fiscal general de Estados Unidos, Loretta Lynch, para difundir la investigación sobre la trama de corrupción en la federación, es otro motivo de controversia. La pesquisa llevaba como mínimo dos años. Se sabe que contó con la inestimable colaboración de Chuck Blazer, quien renunció a la FIFA en 2013. La propia Concacaf a la que pertenecía, le descubrió ganancias indebidas por 15 millones de dólares a este barbudo regordete, con cierto parecido a Hoss Cartwright, el personaje de la serie Bonanza. Se confesó culpable ante el FBI y después se infiltró con un llavero-micrófono entre los que habían sido sus pares. Su acción todavía no se vincula demasiado con que la FIFA había metido a un lobo en su rebaño casi al mismo tiempo: Michael García, un abogado condecorado por la CIA.

Le otorgaron la medalla Seal por sus buenos servicios. Una distinción que la Agencia da a empleados del gobierno de Estados Unidos y ciudadanos que cooperaron con la central de Inteligencia. García posee amplia experiencia en delitos económicos, terrorismo internacional y seguridad nacional. Como fiscal de Nueva York viajó a Manila, Filipinas, para dirigir una investigación sobre la red Al Qaida. Era obvio que los dirigentes detenidos en Suiza y tres empresarios argentinos prófugos podían ser pan comido para él. No se le atribuye participación en el destape del escándalo, pero sí colocó su piedra basal.

Es más, el informe que les costó la cabeza a dos pesos pesados de la FIFA en 2013 y que redactó García, daba indicios de lo que se vendría: “Havelange y Teixeira en ningún caso debían haber aceptado soborno en calidad de funcionarios oficiales del fútbol, y deberían haberlo devuelto, puesto que se trata de cantidades vinculadas con la explotación de los derechos comerciales”. Más adelante, el texto agrega: “Las dos personas se han comportado de forma reprochable, tanto desde el punto de vista moral como ético”. Se refería a las coimas recibidas de la desaparecida compañía ISL.

Dos años después, las redes de la corrupción en la FIFA quedarían mucho más documentadas. Lo que sorprende es cómo la operatoria de blanqueo y lavado de dinero a través de bancos de EE.UU. pudo sostenerse en el tiempo durante dieciocho años. Al paraguayo Nicolás Leoz, uno de los imputados, se le atribuyen cobros desde 1993 a 2011 por medio del Delta National Bank de Florida, como señaló el diario ABC Color de Asunción.

Las pruebas en que apoya su acusación el Departamento de Justicia mencionan a varios bancos que sirvieron para facilitar la operatoria: J. P. Morgan Chase, Citigroup y Bank of America de Estados Unidos, el HSBC británico y el suizo UBS. El fiscal neoyorquino Kelly Currie comentó: “Parte de nuestra investigación se centra en mirar la conducta de estas instituciones financieras para ver si sabían que estaban ayudando a lavar el dinero procedente de estos pagos ilícitos”. Por ahora sólo eso.

Mientras en la madrugada del miércoles se producían las detenciones de siete dirigentes que enfrentan graves cargos por corrupción en EE.UU. –aún cuando la mayoría son extranjeros o no residían en aquel país– las consecuencias políticas del escándalo todavía no se percibían con nitidez.

Un día después, el primer ministro Netanyahu decía que “si la FIFA intenta dañar a Israel, esto implicará la destrucción de todo el sistema mundial del fútbol”. Se refería al trascendido de que la Federación Palestina de Fútbol iba a pedir que excluyeran a su par israelí de las competencias internacionales. El motivo: que en su Liga juegan cinco equipos de colonias judías en los territorios ocupados.

Jibril al Rajoub, el presidente del fútbol palestino, retiró la moción. Dijo que la canciller Merkel le había hablado y fue una de las personas que lo convencieron de levantar el pedido de sanción. “Muchos presidentes de Federaciones de Asia, de Africa, de Sudamérica, de Norteamérica y Europa me han dicho que no querían sentar un precedente de tener que tratar el tema de una suspensión”, comentó el dirigente. A cambio, propuso que se garantice la libre circulación de los jugadores de su país, que se inicie una investigación contra el racismo que sufre su pueblo y una votación sobre los equipos israelíes que juegan en territorios palestinos. Dos mujeres con una bandera de Palestina ingresaron a los gritos al Congreso de la FIFA y fueron sacadas por la seguridad. Pedían que se votara la sanción que Al Rajoub desestimó. Un escándalo más dentro del gran escándalo en el que varios líderes mundiales defendieron los intereses de sus países.